quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Também este crepúsculo..."

"Também este crepúsculo nós perdemos.
Ninguém nos viu hoje à tarde de mãos dadas
enquanto a noite azul caía sobre o mundo.

Olhai da minha janela
a festa do poente nas encostas ao longe.

Às vezes como uma moeda
acendia-se um pedaço de sol nas minhas mãos.

Eu recordava-te com a alma apertada
por essa tristeza que tu me conheces.

Onde estavas então?
Entre que gente?
Dizendo que palavras?
Porque vem até mim todo o amor de repente
quando me sinto triste, e te sinto tão longe?"

(Pablo Neruda, in Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada)

11 comentários:

Jorge Freitas Soares disse...

Gosto da luz do crepúsculo, sempre que passo por Bragança penso que quero passar por ali para ver os reflexos na barragem .... o tempo nunca é suficiente e fica para a próxima... para a próxima é mesmo.

Jorge Soares

Unknown disse...

Maravilha de tons Alexandrina. E um poema muito bonito a acompanhar.
Beijinhos

Hugo Macedo disse...

...mas que imagem, Alexandrina!!!

Fabulosa.

Alexandrina Areias disse...

Olá Jorge,
garanto que vale bem a pena, e no Verão também é uma excelente praia para uns bons mergulhos!:)


Olá Sweet,
muito obrigada pela visita e pelas palavras...:)

Beijinhos,
AA

Alexandrina Areias disse...

Muito obrigada Hugo!:)

Bjinhos,
AA

Anónimo disse...

Lindo céu de final de tarde.
Com "aquela" luz...

Transmontana disse...

Linda imagem, Alexandrina!
Parabéns!
Beijinhos
Anita

Antonio Carvalho disse...

Não sei se goste mais do poema ou da imagem...

:)))

Não, gosto muito do poema, mas gosto muito mais da imagem. Uma surpresa todas as vezes que passo aqui.

Bom trabalho.

Remus disse...

Lindo momento e lugar.
Um convite à meditação.

Helder Ferreira disse...

Um céu lindissimo...

Lobodomar disse...

Bom dia.

Muito bons: o texto de Neruda, as fotografias, bem como seu blog em geral. Esse poema, bonito e suave, nos leva à reflexão. Parabéns. Virei aqui mais vezes para apreciar seu belo espaço.


Feliz ano novo!
Grande abraço.