quarta-feira, 29 de outubro de 2008

As cores do Outono no Douro!


Estas são as cores do Outono nas encostas do rio Douro...



Paisagem da Região do Douro Vinhateiro, na freguesia de Beira Grande - Carrazeda de Ansiães - Trás-os-Montes - Portugal.

domingo, 26 de outubro de 2008

Fornos em pedra...


Os fornos em pedra, que se encontram pelas terras Transmontanas, serviam para secar os figos. Este processo de secagem dos figos, era feito após as vindimas, daí serem chamados de "figos vindimos".

Estes fornos, eram aquecidos e depois eram colocados lá dentro os figos, para perderem água e assim se poderem conservar durante os meses de Inverno. Os figos, foram muito importantes na dieta alimentar de outros tempos.


Esta forma de secar os figos já não é utilizada nos dias de hoje, os fornos agora encontram-se ao abandono... No entanto, as suas construções eram de muito boa qualidade, tanto que há ainda um grande número de fornos em bom estado de conservação.


Pela informação que me foi dada, estes fornos eram cedidos aos vizinhos, para que os pudessem utilizar, pois, nem todos os que tinham figueiras (Ficus carica), possuíam fornos para o efeito.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

"Sê..."


"Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.

Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas."

(Pablo Neruda)

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Compostas



Asteraceae é a família botânica também conhecida por Compositae ou Compostas.
São aproximadamente 12 espécies divididas em 14.000 géneros. A serralha (Sonchus oleraceus) é uma planta pertencente a esta família.
Nesta imagem podemos observar o cálice (conjunto de sépalas de uma flor), transformado em papilho de uma serralha, assim como, alguns afídeos (vulgarmente chamados de piolhos) que se "passeavam" pelo seu caule...

Este fruto é disperso muito usualmente pelo vento, ou por animais através da ajuda do papilho – uma estrutura derivada das sépalas que consiste numa coroa de pêlos que se insere numa das extremidades do fruto.

Fonte:
http://www.uc.pt/herbario_digital/Flora_PT/Familias/

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

...Cativar...


(…)"Foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu o principezinho com delicadeza. Mas ao voltar-se não viu ninguém.
- Estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira…
- Quem és tu? Disse o principezinho. És bem bonita…
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Anda brincar comigo, propôs-lhe o principezinho. Estou tão triste…
- Não posso brincar contigo, disse a raposa. Ainda ninguém me cativou.
- Ah! Perdão, disse o principezinho.
Mas depois de ter reflectido, acrescentou:
- Que significa “cativar”?
- Tu não deves ser daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que significa “cativar”?
- Os Homens, disse a raposa, têm espingardas e caçam. É uma maçada! Também criam galinhas. É o único interesse que lhes acho. Andas à procura de galinhas?
- Não, disse o principezinho. Ando à procura de amigos. Que significa “cativar”?
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu, disse a raposa. Significa “criar laços…”
- Criar laços?
- Isso mesmo, disse a raposa. Para mim, não passas, por enquanto de um rapazinho em tudo igual a cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti! E tu não precisas de mim. Para ti, não passo de uma raposa igual a cem mil raposas. Mas, se me cativares, precisaremos um do outro. Serás para mim único no mundo. Serei única no mundo para ti…
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor… creio que ela me cativou.
- É possível, disse a raposa. Vê-se de tudo à superfície da Terra…"(...)


(...)"A raposa calou-se e olhou por muito tempo para o principezinho.
- Cativa-me, por favor, disse ela.
- Tenho muito gosto, respondeu o principezinho, mas falta-me tempo. Preciso de descobrir amigos e conhecer muitas coisas.
- Só se conhecem as coisas que se cativam, disse a raposa. Os Homens já não têm tempo para tomar conhecimento de nada. Compram coisas feitas aos mercadores. Mas como não existem mercadores de amigos, os Homens já não têm amigos. Se queres um amigo, cativa-me.
- Como hei-de fazer?, disse o principezinho.
- Tens de ter paciência, respondeu a raposa. Primeiro, sentas-te um pouco afastado de mim, assim, na relva. Eu olho para ti pelo rabinho do olho e tu não dizes nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, de dia para dia, podes sentar-te cada vez mais perto…"(...)

Antoine de Saint-Exupéry in “O Principezinho”

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Um Reino Maravilhoso - Trás-os-Montes" (Miguel Torga)


"Vou falar-lhes dum Reino Maravilhoso. Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite." (...)
"Começa logo porque fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos. E quem namora ninhos cá de baixo, se realmente é rapaz e não tem medo das alturas, depois de trepar e atingir a crista do sonho, contempla a própria bem-aventurança."(...)


"A gente entra, e já está no Reino Maravilhoso. A autoridade emana da força interior que cada qual traz do berço. Dum berço que oficialmente vai de Vila Real a Chaves, de Chaves a Bragança, de Bragança a Miranda, de Miranda a Régua. Um mundo! Um nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia, que tanto se levanta a pino num ímpeto de subir ao céu, como se afunda nuns abismos de angústia, não se sabe por que telúrica contrição. Terra-Quente e Terra-Fria. Léguas e léguas de chão raivoso, contorcido, queimado por um sol de fogo ou por um frio de neve. Serras sobrepostas a serras. Montanhas paralelas a montanhas. Nos intervalos, apertados entre os rios de água cristalina, cantantes, a matar a sede de tanta angústia. E de quando em quando, oásis da inquietação que fez tais rugas geológicas, um vale imenso, dum húmus puro, onde a vista descansa da agressão das penedias. "

"Mas novamente o granito protesta. Novamente nos acorda para a força medular de tudo. E são outra vez serras, até perder de vista.Não se vê por que maneira este solo é capaz de dar pão e vinho. Mas dá. Nas margens de um rio de oiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito que de baixo o seca, erguem-se os muros do milagre. Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas. No Setembro, os homens deixam as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto. Cantam, dançam e trabalham. Depois sobem. E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo." (...)

"O nome de Trasmontano, que quer dizer filho de Trás-os-Montes, pois assim se chama o Reino Maravilhoso de que vos falei."


Miguel Torga - Um Reino Maravilhoso (Trás-os-Montes)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Espigas de Milho!!!

Milho verde, milho verde
Ai milho verde, milho verde
Ai mondai o meu milho bem
Não olheis para o caminho
Ai não olheis para o caminho
Que a merenda já lá vem.

(Zeca Afonso – Milho Verde)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Azeitonas...




" Olio con sapiente arte spremuto
Dal puro frutto degli annosi olivi,
Che cantan - Pace! - in lor linguaggio muto..."

(Gabriele D'Annunzio in "L'olio di oliva")

"Óleo com arte sábia com sumo
A partir do puro fruto de longas oliveiras,
Que cantam – Paz! – na linguagem lor em surdina…" (tradução)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Dia Mundial do Sorriso!!!


Neste dia ficam os meus dois sorrisos predilectos...:)
Que a vida vos traga muitos e muitos sorrisos...
Um beijo grande cheio de saudades...

"Sorria"

"Sorria, embora seu coração esteja doendo
Sorria, mesmo que ele esteja partido
Quando há nuvens no céu
Você sobreviverá...
Se você apenas sorri
Com seu medo e tristeza
Sorria e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...
Ilumine sua face com alegria
Esconda todo rastro de tristeza
Embora uma lágrima possa estar tão próxima
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, pra que serve o choro?
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena se você apenas...
Se você sorri
Com seu medo e tristeza
Sorriso e talvez amanhã
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir...
Este é o momento que você tem que continuar tentando
Sorria, para que serve o choro
Você descobrirá que a vida ainda vale a pena
Se você apenas Sorrir"

(Charles Chaplin)

Luz e sombra...


"Não se pode rejeitar a tristeza, assim como não se pode rejeitar a sombra. A grande beleza de uma paisagem vem do contraste entre a luz e a sombra."

(Autor desconhecido)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

"Dia Nacional da Água" e "Dia Mundial da Música"


Água também é mar (Marisa Monte)

Água também é mar
E aqui na praia
também é margem
Já que não é urgente
Aguente e sente
aguarde o temporal
Chuva também
é água do mar lavada
No céu imagem
Há que tirar o sapato
e pisar
Com tacto nesse litoral
Gire a torneira,
Perigas ver
Inunda o mundo,
o barco é você
Na distância, há-de sonhar
Há-de estancar
Gotas tantas não demora
Sede estranha



Marisa Monte

Devemos sempre proteger os recursos hídricos, poupar e conservar a água, uma vez que é um bem essencial e esgotável...