CREPÚSCULO
Teus olhos, borboletas de oiro, ardentes
Borboletas de sol, de asas magoadas,
Poisam nos meus, suaves e cansadas,
Como em dois lírios roxos e dolentes....
E os lírios fecham... Meu amor não sentes?
Minha boca tem rosas desmaiadas,
E as minhas pobres mãos maceradas
Como vagas saudades de doentes...
O Silêncio abre as mãos ... entorna rosas...
Andam no ar carícias vaporosas
Como pálidas sedas, arrastando...
E a tua boca rubra ao pé da minha
É na suavidade da tardinha
Um coração ardente, palpitando...
(Florbela Espanca )
3 comentários:
És a fotografa amadora mais profissional que conheço... Os teus "olhares soltos" estão cada vez mais profundos. Adorei a foto... Adorei o texto... Bem estou a tornar - me uma fã deste blog. Está a ser interessante ver através do teu olhar... Já estou curiosa para ver o que o amanhã do "Olhares Soltos" nos reserva... Uma beijoca
Ass. Milkita
Ainda bem que gostaste do texto e da foto...:)
Espero que continues a visitar o "olhares soltos" e que também consigas ver com outros olhos o mundo que nos rodeia, mais precisamente, a beleza da natureza...
Beijos,
AA
Um excelente poema de Forbela Espanca. Não mmenos bela é a imagem que o acompanha.
Beijoquinhas *.*
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